quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Psicologia e Cinema

Por Vanessa Coutinho

   No filme "Um Conto Chinês" ( Sebastián Borensztein - 2011), o argentino Roberto (Ricardo Darín) vive só, cercado por suas excentricidades , por exemplo: pesquisar e colecionar notícias absurdas. Jun (Ignacio Huang) é um chinês que, justamente por ter vivenciado uma das notícias absurdas da coleção de Roberto, sai de seu país e chega a Buenos Aires em busca de um parente.
   Roberto não fala chinês. Jun não fala espanhol. Como se dá o encontro entre dois homens, aparentemente tão diferentes? Como encontros podem produzir mudanças, pequenas ou grandes, que alteram o olhar das pessoas diante da vida?
   Atenção para a cena em que, sem querer, Jun quebra a cristaleira em que Roberto guarda os bibelôs com os quais presenteia a mãe morta. Tem certa semelhança simbólica com a cena do filme "Chocolate" (Lasse Hallstron - 2001), em que a urna com as cinzas da mãe de Vianne Rocher (Juliette Binoche) também é quebrada. Por vezes nos libertamos de nossos fantasmas por iniciativa própria. Em outras, é preciso que nos atirem para fora das grades aos empurrões...
   Por essa cena e por outras, vale a pena ver.
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário