domingo, 2 de janeiro de 2011

            EGO

 

          O ego é o centro do sistema consciente. Para ser consciente, qualquer  conteúdo psíquico precisa estar em contato com o ego. Apesar disso, seria falso afirmar que basta conhecer o ego para conhecer a si mesmo.
          “Uma criança vem ao mundo e não tem formada essa estrutura. Existe, a partir do nascimento, um elemento de organização perceptiva. Antes do final do primeiro ano de vida, a estrutura egóica relativamente montada já está atuando. Em contato com os fatores somáticos, assim denominados por Jung, como os estímulos perceptíveis ou subliminares, forma-se, aos poucos, um ‘sujeito’, que, a princípio, identifica-se somente com seu corpo.” (MEDNICOFF, 2008, p. 53)
          Já como sujeito e em contato com as demandas internas e externas, a criança continua a se desenvolver. As frustrações, oriundas da percepção da realidade, ajudam a formar “ilhotas de consciência”, que vão se unindo ao ego, que, segundo Jung, adquire sua plenitude entre os três e os quatro anos.
          “O ego é responsável por nossos sentimentos de identidade pessoal, manutenção da personalidade, continuidade além do tempo, mediação entre os campos conscientes e inconscientes e conhecimento e testes de realidade.” (MEDNICOFF, 2008, p. 53)

          Por ser o centro do sistema consciente, é o ego que administra as adaptações do sujeito ao meio. Por isso, podemos crer que ele seja o elemento central da psique. Porém, ele responde às necessidades de outro elemento que lhe é superior, o self, princípio ordenador da personalidade inteira.

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