domingo, 26 de dezembro de 2010

ARQUÉTIPO 


Não é fácil a compreensão do conceito de “arquétipo”. Muitos acreditam que o termo se refira a imagens ou idéias inatas, o que não corresponde à realidade do que Jung pretendeu postular.

“Incansavelmente ele repete que arquétipos são possibilidades herdadas para representar imagens similares, são formas instintivas de imaginar. São matrizes arcaicas onde configurações análogas ou semelhantes tomam forma.” (SILVEIRA, 1974, p. 77)
      
          Os arquétipos se originariam pelo depósito de sucessivas camadas de impressões produzidas por vivências fundamentais, comuns a todos os sujeitos, e que se repetem ao longo da história da Humanidade.

“Seriam disposições inerentes à estrutura do sistema nervoso que conduziriam à produção de representações sempre análogas ou similares. Do mesmo modo que existem pulsões herdadas a agir de modo sempre idêntico (instintos), existiriam tendências herdadas a construir representações análogas ou semelhantes.” (SILVEIRA, 1974, p.77)

          O arquétipo concentra energia psíquica. Quando esta energia toma forma, surge a “imagem arquetípica”. É importante ressaltar que “imagem arquetípica” não é sinônimo de arquétipo, uma vez que este não possui forma definida.
          A noção de arquétipo possibilita entender o surgimento de temas semelhantes, ou mesmo idênticos, em produções de povos distantes, ou até em sonhos e delírios.

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