sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FILHAS

                                                             


Sou alguém que espera poder olhar nos olhos de minhas filhas, quando forem adultas, e ver o brilho que vejo hoje. Poder olhar seus sorrisos quando forem mulheres e ouvir o som que suas risadas têm hoje. tocar minhas filhas, quando tiverem elas mesmas seus próprios filhos com o mesmo afeto com que toco hoje, sendo capaz de sentir o cheiro de suas peles e de seus cabelos. Ao mesmo tempo quero a sabedoria de aceitar que não são minhas, não estão no mundo para "corresponder às minhas expectativas", são companheiras de jornada que tenho a benção de acompanhar, gestar, amamentar, cuidar... Quero poder saber que, mesmo que possa, até o fim de meus dias, reconhecer em seus olhos e em seus sorrisos as crianças que carreguei no colo, um dia serão mulheres, e serão as mulheres que puderem ser, que desejarem ser, e eu as amarei ainda, como hoje, com toda a possibilidade de amor que sou capaz, mesmo que já não possa simplesmente segurá-las no colo para fazê-las ir comigo onde creio que precisamos ir.
Quero poder um dia, quando for eu a mais frágil, pois esse dia há de chegar..., segurar em suas mãos e lembrar das mãos que eu segurava, à noite, para "espantar os sonhos assustadores", ao mesmo tempo em que possa ser capaz de vê-las se tornando mulheres, mães, profissionais, trilhando seus próprios caminhos, que talvez não sejam os caminhos que eu tracei para elas. Quero a benção infinita de poder amar minhas filhas para além da infância, para além de sua fragilidade de crianças, quero poder amá-las adolescentes, adultas, envelhecendo, acertando e, principalmente, fazendo coisas que eu considere erros. Quero poder amá-las como são, Luísa e Sofia, duas escolhas, duas forças, dois faróis. Quero a suprema felicidade de poder amar incondicionalmente, talvez o amor mais difícil. E saber que as mulheres que se tornarem um dia serão, em grande parte, um reflexo da mãe que pude ser hoje. Que Deus possa abençoar essa prece, esse pedido e esse desejo, e possa me ajudar a torná-lo real.

FELIZ 2011!

Que neste novo ano tenhamos coragem para lutar por nossos sonhos!
Tenhamos coragem de exigir respeito!
Tenhamos coragem de amar!
Feliz Ano Novo!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ESPAÇO DO POETA

"Tristes são as coisas encaradas sem ênfase" - Carlos Drumond de Andrade

                                             

domingo, 26 de dezembro de 2010

ARQUÉTIPO 


Não é fácil a compreensão do conceito de “arquétipo”. Muitos acreditam que o termo se refira a imagens ou idéias inatas, o que não corresponde à realidade do que Jung pretendeu postular.

“Incansavelmente ele repete que arquétipos são possibilidades herdadas para representar imagens similares, são formas instintivas de imaginar. São matrizes arcaicas onde configurações análogas ou semelhantes tomam forma.” (SILVEIRA, 1974, p. 77)
      
          Os arquétipos se originariam pelo depósito de sucessivas camadas de impressões produzidas por vivências fundamentais, comuns a todos os sujeitos, e que se repetem ao longo da história da Humanidade.

“Seriam disposições inerentes à estrutura do sistema nervoso que conduziriam à produção de representações sempre análogas ou similares. Do mesmo modo que existem pulsões herdadas a agir de modo sempre idêntico (instintos), existiriam tendências herdadas a construir representações análogas ou semelhantes.” (SILVEIRA, 1974, p.77)

          O arquétipo concentra energia psíquica. Quando esta energia toma forma, surge a “imagem arquetípica”. É importante ressaltar que “imagem arquetípica” não é sinônimo de arquétipo, uma vez que este não possui forma definida.
          A noção de arquétipo possibilita entender o surgimento de temas semelhantes, ou mesmo idênticos, em produções de povos distantes, ou até em sonhos e delírios.

PSICOLOGIA E CINEMA

"O Labirinto do fauno". O filme fala da menina Ofélia, de treze anos, dividida entre dois mundo, o real e o imaginário, ambos tremendamente assustadores . No final, é preciso encontrar uma saída simbólica para que o horror transcenda a realidade e, ao menos, sua vivência faça algum sentido.

                                                                  

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

A todos os amigos que seguem este blog. Mesmo distantes, vocês fazem parte da história do Psicologia e Arte.
Saúde, Paz e Sabedoria.

                                                

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

SUGESTÃO DE LEITURA

"Memórias, sonhos, reflexões", as memórias de Jung, compiladas por Aniela Jaffé. Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou. - assim ele começa a contar sua vida. Vale a pena ler!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

C. G. JUNG

"A crítica filosófica me ajudou a compreender que todo sistema psicológico - incluindo o meu - tem o caráter de uma cofissão subjetiva".

sábado, 18 de dezembro de 2010

COMPLEXO

Após concluir seu curso de Medicina, Jung passou a ocupar um posto
no Hospital Psiquiátrico Burgholzli, em Zurique, cujo diretor era Eugen Bleuler. Bleuler desenvolvia experiências de associação, nas quais Jung logo tomou parte como experimentador. Essas experiências consistiam em uma lista de palavras, denominadas “indutoras”. O sujeito examinado deveria responder a cada uma delas com uma outra palavra, a “palavra induzida”. O tempo de resposta era medido por um cronômetro (“tempo de reação”).

          “O experimentador permanece sempre atento aos vários incidentes que possam ocorrer no curso da experiência. Os tempos de reação variam muito, ora são breves, ora longos. O examinando em vez de responder por uma só palavra responde com uma frase, ou repete a palavra indutora, hesita, ri, reage pela mesma palavra a diferentes palavras, enrubesce, transpira, etc.”
(SILVEIRA, 1974, p. 31)

          Jung se interessou justamente por estas reações, que, segundo sua visão, sugeriam que a palavra indutora atingia um “conteúdo emocional” inconsciente, que seria um “complexo ideo-afetivo”.
          No caso dos sujeitos psicóticos, parecia impossível a utilização de experiências de associação. Jung, porém, passou a utilizar como palavras indutoras os neologismos e as estereotipias dos pacientes, comprovando assim a existência, nos esquizofrênicos, de complexos semelhantes aos dos sujeitos neuróticos e dos sujeitos ditos normais.
          Embora o método de associação não seja mais utilizado pelos analistas junguianos, ainda pode ser um bom modo experimental de demonstrar a existência e a atuação dos complexos, ajudando na compreensão dos mecanismos psíquicos inconscientes.
          Quem primeiro empregou o termo “complexo” foi Jung, sendo que, hoje, o mesmo é amplamente utilizado, dentro e fora dos círculos analíticos. É muito comum afirmar-se que alguém tem um complexo (de inferioridade, de superioridade, etc), mas, na realidade, é o complexo que nos possui, no sentido em que interfere diretamente em nossa vida consciente.

          “Os complexos são agrupamentos de conteúdos psíquicos carregados de afetividade. Compõem-se primariamente de um núcleo possuidor de intensa carga afetiva. Secundariamente estabelecem-se associações com outros elementos afins, cuja coesão em torno do núcleo é mantida pelo afeto comum a seus elementos. Formam-se assim verdadeiras unidades vivas, capazes de existência autônoma. Segundo a força de sua carga energética, o complexo torna-se um ímã para todo fenômeno psíquico que ocorra ao alcance de seu campo de atuação.” (SILVEIRA, 1974, p.35)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010